Nanodegrees, são cursos pautados pelas demandas do mercado de trabalho e dividido em projetos, a serem executados pelos estudantes.
Em outras palavras, os materiais disponíveis em cada nanodegree são elaborados com base no que empresas de tecnologia como Google, Facebook e Amazon têm como demanda.
Sendo assim, aprender habilidades para se preparar para as profissões do futuro – e, com isso, se tornar mais competitivo no mercado de trabalho – é o que leva um aluno a fazer um nanodegree.
Para quem deseja calibrar o currículo, não faltam opções de cursos de curta duração.
No caso das formações online, instituições como Harvard e MIT já disponibilizaram opções que vão da Introdução à Ciência da Computação até lições sobre empreendedorismo.
Mais recentemente, surgiram também entre os cursos disponíveis os da categoria nanodegree, lançada pela empresa Udacity, nascida no Vale do Silício.
Na prática, o curso permite que cada aluno desenvolva projetos em que aplique os conceitos aprendidos.
O exemplo citado pelo representante da Udacity é o dos nanodegrees mais popular do Brasil, em Marketing Digital, desenvolvido em parceria com empresas como Google, Hootsuite e Mailchimp.
Com o anúncio atingindo consumidores reais, os estudantes são avaliados por profissionais da área sobre o que, de fato, aprenderam.
Nanodegrees, MOOC ou curso online: faz diferença?
O consultor André Abram, que atua na busca de executivos financeiros, aponta formações do tipo servem como acessórios à qualificação principal de alguém.
Ou seja, no currículo, cabem diplomas de graduação e pós, complementados pelas formações em MOOCs (do inglês para “curso online aberto e massivo”) e nos nanodegrees.
Para Abram, isso serve para ajudar o profissional “tanto a criar um foco na própria área quanto a redirecionar a carreira”.
Entre os alunos que já fazem os nanodegrees, as observações de Abram fazem ainda mais sentido.
Os estudantes da Udacity dividem-se em três perfis principais: os que desejam mudar de carreira, os que querem avançar na carreira atual ou os que pretendem empreender.
Nos três casos, um nanodegree possibilita a formação de um portfólio com projetos e a obtenção de um certificado reconhecido.
Como regra geral, André Abram descreve o tipo de formação – presencial ou não – que vale para as demandas do mercado.
“É uma formação intensa, que tenha desafiado o estudante em vários níveis de dificuldade, em termos de capacidade de aprendizado e de pesquisar temas diferentes”, detalha ele.
Carreira internacional
Em matéria de carreira internacional, as regras para uma formação atrativa continuam.
Formação intensa, variada, que expõe o aluno a uma lista longa de desafios e oportunidades.
Ter, no currículo, nomes conhecidos para os avaliadores pode servir como coringa – exemplo, um curso online oferecido pelo MIT, com o certificado listado no LinkedIn.
Na hora do recrutamento, vale a pena mostrar certificados e resultados do curso.
No caso dos nanodegrees, como destaca Carlos Souza, há não só projetos no portfólio de cada aluno, como também um certificado reconhecido internacionalmente.
O reconhecimento por meio de diplomas ou certificados também aparece em plataformas como o Coursera, que disponibiliza formações variadas em instituições de ensino.
Há, por exemplo, cursos gratuitos que exigem uma taxa de 100 dólares para emitir o certificado, que pode ser identificado em redes como o LinkedIn.
No caso da Udacity, outra diferença tem a ver com o tipo de tema contemplados em cada formação, que incorporam demandas do mercado de trabalho “do futuro”.
Novas áreas de tecnologia e negócios integram o currículo, que promete tratar de assuntos como blockchaine growth hacking, ainda este ano.
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Fonte: https://www.estudarfora.org.br/como-funciona-para-que-nanodegree/